Foto: Gilson Alves (Diário)
O professor Dejalma Cremonese propõe aliar a busca da felicidade com questões filosóficas
A aula inaugural da disciplina que voltou os holofotes para a Universidade Federal e Santa Maria na última semana foi prestigiada por 22 alunos. Ministrada pelo professor Dejalma Cremonese, a cadeira acadêmica Ética e Felicidade, ganhou vida no prédio 74 A, sala 2.343 do campus sede, em Camobi, com a participação de estudantes de diferentes áreas, como Terapia Ocupacional, Publicidade e Propaganda, Relações Públicas, Pedagogia, Fisioterapia, Filosofia, Administração, entre outros. E essa lista ainda pode aumentar, pois, até a última sexta-feira, ocorreu o período de reajuste nas matrículas. Então, novos estudantes poderiam confirmar vaga nos encontros, que serão realizados sempre à noite. Nesta segunda-feira, ocorre a segunda aula.
- Nossa primeira preocupação foi apresentar o tema felicidade. Desde que existe o ser humano, ele almeja encontrar a felicidade. No aspecto humano e existencial, verifico a preocupação em viver bem e ser feliz. Não é uma disciplina extremamente academicista, mas também não será uma filosofia de botequim. Percebo que os alunos entram muito cedo para a universidade e vejo, em muitos deles, uma certa solidão. Nosso curso será direcionado à tentativa de nos conhecermos melhor. Buscaremos descobrir, dentro de nós mesmos, aquilo que nos realiza - afirmou o professor Cremonese.
1º Festival de Rádio Escola incentivou a comunicação entre os alunos
Alguns alunos vieram de longe para cursar a disciplina Ética e Felicidade. É o caso da alegretense Viviane Carllosso, graduada em Enfermagem pela Universidade Franciscana (UFN) e que, hoje, mora em sua cidade natal. Mesmo com a distância, ela virá a Santa Maria toda semana para assistir às aulas.
- Venho numa busca pessoal sobre a temática felicidade. Quero tentar a união das linhas mais psicológicas com a questão da saúde. Acredito que, enquanto ser humano, praticamos a eterna busca pela felicidade. Espero encontrar, nesta disciplina, ferramentas para o autoconhecimento - disse Viviane.
Foto: Gilson Alves (Diário)
Viviane vem toda semana de Alegrete para participar da aula. Para ela, essa é uma busca pessoal e de autoconhecimento
Em meio a alunos de diversas áreas, está o estudante do 2º semestre de Medicina Luís Fernando Muniz Camargo, natural de Sorocaba (SP).
- O que mais chamou a minha atenção na hora de fazer a matrícula foi o nome da matéria. A felicidade é algo próprio de cada um, e eu quero estudar isso mais a fundo. Quero encontrar respostas, como, quem sabe, uma definição formal para felicidade - declarou o estudante de 19 anos.
Josete Padoin, estudante do 6º semestre de Ciências Sociais, também quer entender melhor a felicidade.
- A felicidade tem que ser melhor compreendida. Na minha opinião, a chave da felicidade são o amor, a verdade e a gratidão, e o ser humano está em falta disso. Então precisamos desenvolver a união entre as pessoas, evoluindo a cada dia - fala Josete, que já foi aluna do professor Cremonese em outras cadeiras.
CONCEITOS
De acordo com o professor Dejalma Cremonese, a disciplina falará, ao longo do semestre, sobre o conceito de felicidade, baseado em lições de filosofia. Ele destaca, ainda, que somente a Universidade de Brasília (UnB) tem aulas com a mesma temática específica.